O filme deve ter passado na cabeça muitas vezes. A cada retorno, a cada sequência de jogos, o físico o deixava na mão. Profissional desde 2009, o defensor Digão, do Fluminense, ainda não pode dizer que a carreira deslanchou. Aos 23 anos, o jogador se viu em alguns momentos obrigado a retroceder na difícil escalada que é se tornar titular do time.
Questionado se os problemas médicos começaram a fazê-lo pensar que seria obrigado a abandonar os campos, Digão comentou que temeu pelo futuro.
"Venho de duas lesões sérias, o que me assustou um pouco. Quando um jogador fica sabendo a gravidade da lesão, é natural ele pensar no pior. Mas nessas horas temos que nos apegar muito à família e aos amigos para dar a volta. Foi aí que eu encontrei o que eu precisava para me recuperar. Hoje posso dizer que, se não fosse por eles, não sei se teria a força que tive para voltar a atuar", afirmou.
No sábado passado, ele iniciou mais uma tentativa de se manter no grupo principal. A boa presença diante do Bangu, somada a uma regularidade até o jogo contra o Boca Juniors (ARG), pela Libertadores, poderão deixá-lo mais perto de ser aquilo que se imaginava que seria há três anos, quando foi lançado pelo então técnico Cuca na equipe profissional.
O encontro com o Boca na La Bombonera será emblemático. Vindo de um empate na rodada de estreia, o time de Buenos Aires terá de partir com tudo por uma vitória dentro de casa. Digão garante que não faltará tranquilidade.
"O nosso grupo tem noção de que jogar em La Bambonera é muito complicado. Trata-se de um caldeirão, os torcedores ficam em cima mesmo. Mas temos que ter consciência de que o grupo do Fluminense é forte e tem totais condições de buscar um resultado positivo por lá", finalizou.
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