O antigo Maracanã, que já recebeu públicos acima de 170 mil pagantes em jogos do campeonato carioca, ficaria cabisbaixo com a baixa média do torneio nesta temporada.Decepcionado e com muitos espaços vazios, já que somados os 38 jogos do primeiro turno até esta quinta-feira, o público geral é de somente 99.583 presentes. Capacidade tranquila para o ex-maior estádio do mundo, que em 1976, por exemplo, recebeu 174 mil pagantes na final entre Flamengo e Vasco pela Taça Guanabara.
E se nos últimos anos, os campeonatos têm tido médias cada vez menores, nessa temporada o número cai quase pela metade ,fazendo uma comparação a 2011. São 2.620 'seguidores' por jogo, em média, contra 4.016 no ano passado. Estádios vazios, times grandes usando equipes mistas ou reservas e torcedores deixando o torneio em segundo plano, até em clássicos.
A mistura de elementos é extensa, e está longe de ser novidade. Mas o meia Deco, do Fluzão, aponta para um fato recente e de certa maneira positivo. A presença de três times do Rio de Janeiro na Libertadores da América.
"É difícil dizer, são vários fatores. Acho que um deles é a Libertadores. Se eu fosse a torcida e não pudesse acompanhar todos os jogos, pelo preço das entradas, iria nos jogos mais empolgantes. E neste ano, só o Botafogo não se classificou. Isso acaba criando uma expectativa maior na Libertadores, sem desmerecer o Estadual", disse o ex-jogador da seleção lusitana, que completou.
"Outro fator pode ser o calor bem forte. Num sábado, às 17h, com os termômetros marcando 35 graus, tem que gostar muito do clube para ir a partida e não ficar na praia", comentou o meio-de-campo do Flu.
No torneio internacional, os grandes garantem públicos maiores e rendas melhores.O Fluminense, contra o Arsenal de Sarandí da Argentina, teve público de 28.928 e renda de R$ 765.415,00. E o Vasco, na derrota para o Nacional, teve renda parecida com a do Fluminense: R$ 705.875,00.A baixa média de público é ainda mais sentida pelas equipes menores.Ruim para o espetáculo.
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