Arraia de São Cavalieri

Os únicos aflitos na capital Pernambucana naquele fim de tarde de junho, inicio de noite de São João, foram os tricolores cariocas.  Timbú não tomou conhecimento do seu adversário, e desde os primeiros minutos demostrou a intenção de buscar a vitória a qualquer custo.

Aos 29 minutos do primeiro tempo, Deco (sempre ele) cobrou uma falta pelo lado direito da intermediária do ataque tricolor (com a costumeira precisão), na cabeça do ascendente Samuel, que substituía o capitão Fred pela segunda vez consecutiva, e fazia o seu segundo gol como profissional, 1 x 0 Fluminense.  Porém, antes deste passe milimétrico, o Náutico já havia levado perigo por três oportunidades, obrigando o São Cavalieri a operar os dois primeiros  milagres da noite.

O primeiro tempo ainda reservaria mais uma obra prima do Santo camisa 12 tricolor, em mais uma espetacular defesa no duelo particular com o camisa 10 do Timbú.

Ficou bem explicita a vantagem tática e técnica do Náutico na primeira etapa, e talvez com esta visão o técnico tricolor tenha entrado com Wallace no lugar do improdutivo lateral Bruno. Porém o cenário continuava o mesmo, o Timbú sempre pressionando em busca do empate, com o generoso auxilio de Anderson, Gum e Edinho, que insistiam em errar passes na saída de bola e se posicionavam mal defensivamente.

Entretanto assim como no primeiro tempo, de novo Deco encontrando espaços vazios na defesa adversária, achou  Jean livre na entrada da área, que não teve dúvidas e encheu o pé em cima do goleiro adversário, e no rebote Samuel (novamente ele) escorou para das redes, dando números finais ao jogo.

Tentando dar mais consistência ao meio campo tricolor, Abel entrou com Valencia, formando uma linha de três volantes, mas o panorama não mudou muito, os atacantes do Náutico foram meros coadjuvantes no Arraiá de São Cavalieri.